quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

TRANSMUTAÇÃO DOS DEVERES

CRÔNICA

Quando o dever deixa de ser custoso,
quando, depois de longo exercício,
ele se transforma em alegre inclinação
e em necessidade...,

... os direitos dos outros, aos quais se referem nossos deveres, agora nossas inclinações,se tornam algo outro; ou seja, ocasiões de sensações agradáveis para nós, os outros em virtude de seus direitos, tornam-se dignos de amor.
  
Exigir que o dever seja sempre algo de custoso,    significa exigir que ele nunca se torne hábito e costume: nessa exigência reside um pequeno resíduo de crueldade ascética.

Dirceu Kommers

Nenhum comentário:

Postar um comentário