CRÔNICA
Quando o dever deixa de ser custoso,
quando, depois de longo exercício,
ele se transforma em alegre inclinação
e em necessidade...,
... os direitos dos outros, aos quais se referem nossos deveres, agora nossas inclinações,se tornam algo outro; ou seja, ocasiões de sensações agradáveis para nós, os outros em virtude de seus direitos, tornam-se dignos de amor.
Exigir que o dever seja sempre algo de custoso, significa exigir que ele nunca se torne hábito e costume: nessa exigência reside um pequeno resíduo de crueldade ascética.
Dirceu Kommers
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