domingo, 12 de dezembro de 2010

UTOPIA do MAR


Às tardes de domingo
Dos verões escaldantes
Há deusas sensuais
Semi-nua em tanga banais
Aguçando a libido
Excitando-se com a onda mansa
Molhando-se com a onda brava
Deixando os seios a mostra
Enrijecidos pelas carícias audazes
Das águas cálidas do mar.
Ah... pobre mar...
Contrai-se em frenesi alucinante
As águas mais profundas
Desejando à tona chegar
E com sede voluptuosa
Aquele corpo molhado, arrepiado
Com carinho beijar
                     abraçar
                     envolver
                     sonhar....
...para então levá-lo
até o fundo do mar.
E na superfície ondas guardiãs
Em lambadas certeiras
Impediriam qualquer salva-vidas
Aquele idílio interromper.
Desapareceria da terra
A deusa sensual
E um lamento seria ouvido
Pelos homens imponentes
Àquela fúria do mar.
E lá no fundo
Deitada em leito fantástico
Ornado de belezas naturais
Estaria sendo amada
A Mulher do Oceano
Outrora dos mortais.


Dirceu Kommers

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