quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A Magia do Verso














Afora pelas horas
Sai o verso sincero.
Brota quieto, sozinho
Desabrocha em caminhos
De corações solitários.
Em cada nota,
Rimada ou em desalinho
Procura encontrar
os mais santos carinhos
tingindo a alvura do papel
num tropel desenfreado.
Busca a idéia mais rica
Temendo que escape a inspiração repentina
E, às vezes , sem notar
Exagera em notas doídas
Expondo as feridas
Aos vagos olhares desatentos
Mas logo chora escondido
Quando alguém se perturba,
Se curva ás palavras
Sejam puras, sejam duras
Ou tenha um “quê” de censura.
Em todas as linhas há um trêmulo desejo
Que não as deixem sozinhas.
Mas não temam por elas
É só fruto de um medo
De serem logo esquecidas.
Mas...
Se um par de olhos brilhar,
Se um sorriso se projetar
sobre o tremor da emoção...
O verso foi sorvido pelo espírito
e enterneceu um coração.
É quando o verso cala fundo
Invadindo almas frementes
De emoções derradeiras.
Nesse momento único
Dá-se uma estranha simbiose
A magia se faz
E a poesia está completa!



Dirceu Kommers
07/12/10





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